Giovani Krug*

Giovani Krug*

Assim como já não podemos mais prever condições de tempo e de temperatura, pelo menos para os próximos quinze minutos de nossas vidas, também, não podemos mais prever em que condições de tempo e qual a temperatura do termômetro de vendas, com relação ao comportamento dos consumidores, sem exagero, nós próximos quinze dias. 

    Nunca, em nenhum outro momento da história dos negócios, mais precisamente das vendas, tivemos cenários tão diferentes e tão desafiadores. O marketing, no auto dos seus mais de sessenta anos de existência, portanto, já ingressado na melhor idade (melhor idade do marketing!!!) é hoje muito diferente daquele,  o qual estamos acompanhando em sua concepção e criação, lá desde os  meados da   década de setenta, período em que ingressamos no interesse e na linha de pesquisa didática, seja conceitual, seja na aplicação prática de suas grandes contribuições as mais diferentes áreas e segmentos mercadológicos, consolidando se como uma espécie de gps, imprescindível para qualquer atividade comercial ou institucional, com,  ou a qualquer tempo, com qualquer temperatura.

        Os modelos de tempo e temperatura mudam, alternam-se, oferecendo calor, frio, chuva, sol em um só dia, tudo com mudanças em frações de minuto, apesar de termos disponibilizadas ferramentas tecnológicas de altíssima capacidade, as quais poderiam nos oferecer mais segurança e menos expectativas. No entanto, estes aparatos tecnológicos,  ainda não são suficientes para que venhamos a entender o que realmente está acontecendo, tornando nos presas fáceis de moléstias, das mais diferentes origens fazendo a farra da chamada mutação de vírus, alterando nossas agendas, compromissos, complicando nossos planejamentos, criando nos embaraços de toda ordem, inclusive, moda, vestuários, vitrines, apelos, estratégias  de  promoções,  simplesmente enlouquecendo redações e produções de sites, portais de notícias, a mídia em geral, muito embora a alegria dos segmentos de cuidados de higiene e saúde.

       Se tudo isto acontece, o comportamento do consumidor tem muita semelhança em alternâncias e mutações com o tempo e temperatura.  Se não, vejamos. 

        Estamos observando cenários diferentes mudando a cada instante, desafiando ciência e pesquisa, estabelecendo grandes e novos patamares aos profissionais da área. Percebam os perfis dos novos consumidores e tracem suas próprias comparações, tirem suas próprias conclusões.

      Estamos querendo entender este novo consumidor (mais de 30 milhões) oriundo de classes D, E, os quais encorparam a chamada classe C. Os da classe C subiram ou sucumbiram? E a classe B?  A ¨A¨  pode ser mais ou menos….  e assim caminha a humanidade….

      Novas técnicas de pesquisas, tanto qualitativas, ou mesmo quantitativas estão oferecendo aos planejadores a certeza de nada, mas nada mesmo é definitivo. O casaco e o guarda chuva, a camisa manga longa ou a manga curta o tecido mais leve ou mais ou menos não sei o quê, imitam o que estamos vendo e sentindo. O lado do tempo e falta de combinação: informações e comportamento de consumidores.

     Os esforços estratégicos e de comunicação no intuito de atingir o consumidor final, procurando entendê-lo em seus novos e desafiadores modelos e hábitos, o tornam mais dinâmico, com uma brutal capacidade e agilidade de informação, portabilidade e mobilidade de dados e pesquisas, realiza o chamado: “shopping de mão” esteja onde estiver, consultando, informando-se integralmente, antes de tomar qualquer decisão. Pertencente as rede sociais, as quais se proliferam e invadem espaços presenciais, fazendo e recomendando-se cuidados mais do que especiais, afinal, imagens, palavras escritas e identificadas destroem, em segundo, imagens  por anos a fio construídas e constituídas com esforços de toda ordem. Um verdadeiro ciclone, temporal ou qualquer coisa com efeito devastador. 

      Para uma boa estratégia de marketing de varejo, é imprescindível sabermos e acompanharmos esta velocidade, tal qual um vento de efeitos incalculáveis. Já não basta mais atrair os olhares e ativar a percepção dos consumidores.   Para o setor varejista, o ideal é trabalhar intensamente para atendê-lo, sobretudo, entendê-lo.  As ferramentas de ontem, não são as mesmas de hoje, quanto mais serão  de amanhã. Inovação é o desafio. Tecnologia é a garantia de tempo bom em previsões e sem ameaças. O ideal é estar bem preparado. Aliás, sempre e daqui pra frente enfrentar chuvas e trovoadas, tempo bom, céu de brigadeiro, em tudo se pode plantar.

 

Pesquise sempre, é possível ser feliz!

* Empresário, Professor, Palestrante e Comunicador.